domingo, 31 de outubro de 2010

pedro abrunhosa - beijo


Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.

Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.

Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio
Contigo eu venço
Num beijo assim.

Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.

Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.




Amo-te JP *

2 comentários:

  1. Muito bom!!!
    Tem cinco poemas novinhos no meu blog, http://lenjob.blogspot.com.
    Peço por gentileza que passe no http://castelodopoeta.blogspot.com e veja tudo que tem lá. Que aprecie, que comente e que indique. É um blog de toda nossa cultura com os maiores artistas brasileiros, anônimos ou não.

    João Lenjob.

    Noites de Luar Para Sempre
    João Lenjob

    Se quiseres meu amor
    Se sentires ou sentes o que sinto
    Se tens o tempo que eu tenho
    Se me amas como eu te amo
    Se me perdoas, se entendes
    Como te faço meu bem
    Se és da minha rua ou do meu mundo
    Se podes caminhar comigo
    Plantar, colher, alimentar, sofrer
    Nós podemos viver para sempre
    Se estais pronta para tempestades
    Ou dilúvios e maremotos, correntes
    Para roseiras, constelações e noites de luar
    Para noites abraçados e com todos os beijos
    Se podes sentir minhas verdades (inteiras)
    Se sorrires a cada lágrima minha
    E souberes me dar a mão todos os dias
    Sentindo a minha falta e também presença
    Se venceres comigo todas as batalhas e amando
    Nós poderemos viver para sempre.

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